Saídas foram bloqueadas e barricadas feitas no exterior de Alcaçuz. Mulheres de presos tentaram furar o bloqueio; Governo confirma 10 mortes.
Policiais militares e agentes penitenciários vão esperar o dia
amanhecer para entrar nos pavilhões da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, onde acontece uma rebelião desde a tarde deste sábado (14). Segundo o Governo do Rio Grande do Norte, até as 21h, pelo menos 10 presos morreram na rebelião.
Alcaçuz é o maior presídio potiguar. A área externa já está sob o
controle das autoridades, segundo a Polícia Militar. As saídas foram
bloqueadas e o Corpo de Bombeiros está fazendo barricadas no local.
Segundo a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma
Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião
e jogaram armas por sobre o muro.
“A intervenção é impossível agora. No momento estão todos soltos lá
dentro, e armados. Nossa missão é evitar que ele saiam”, declarou o
major Camilo, da PM.
Do lado de fora do presídio, que está às escuras, se ouvem muitos tiros
e é possível ver muita fumaça. Segundo a Polícia Militar, a rebelião
começou às 16h30, depois do horário de visitas das famílias.
Rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Foto: Andréa Tavares/G1)
Os familiares dos presos que estão no local dizem que detentos de
Alcaçuz que não estão envolvidos na rixa entre as facções estão pedindo
socorro. Um grupo de mulheres das famílias dos presos se reuniu e tentou
furar o bloqueio, sem sucesso.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. A unidade possui cerca de 1.150 presos e capacidade para 620 detentos, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).
Auxílio
Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que o combate ao crime organizado dentro dos presídios vai ser intensificado. Ele também comentou a rebelião que acontece no maior presídio do RN: “Nós estamos aguardando, eventualmente, o pedido de algum auxílio. Obviamente, em havendo esse pedido, o auxílio será imediato”, afirmou.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que o combate ao crime organizado dentro dos presídios vai ser intensificado. Ele também comentou a rebelião que acontece no maior presídio do RN: “Nós estamos aguardando, eventualmente, o pedido de algum auxílio. Obviamente, em havendo esse pedido, o auxílio será imediato”, afirmou.
“O sistema tá superlotado há muito tempo. Eu costumo repetir que não há
passo de mágica pra solucionar um problema crônico no Brasil. É um
problema que, governo após governo, vem se ampliando. Nós temos
aproximadamente, hoje, 650 mil presos com um deficit de quase 300 mil
vagas. Obviamente, isso acaba tornando o sistema um barril de pólvora”,
acrescentou.
A invasão
O major Eduardo Franco, da comunicação da PM, disse que o motim começou por volta das 16h30 (horário de Natal) e houve invasão de presos do pavilhão 1 no pavilhão 5, onde estão internos de uma facção criminosa rival. Ainda não há confirmação de fuga.
O major Eduardo Franco, da comunicação da PM, disse que o motim começou por volta das 16h30 (horário de Natal) e houve invasão de presos do pavilhão 1 no pavilhão 5, onde estão internos de uma facção criminosa rival. Ainda não há confirmação de fuga.
Zemilton Silva disse ainda não saber se os presos dos outros pavilhões
também se rebelaram. O chamado pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho
Madruga, que fica anexo à Alcaçuz, em Nísia Floresta.
Há separação entre presos de facções criminosas entre esses dois
presídios. A penitenciária de Alcaçuz tem cerca de 1150 presos e
capacidade para 620 detentos, segundo a Secretaria de Justiça e
Cidadania (Sejuc).
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