
A ação será julgada pela 8ª Vara da Justiça Federal no Ceará. Caso a Justiça aceite a ação, a suspensão do Enem
é válida para todo o Brasil. Devido à urgência, o pedido deve ser
julgado até sexta-feira (4), de acordo com a Justiça Federal. Ação será
avaliada pelo juiz Ricardo Cunha Porto.
“O MEC aplica a teoria da resposta ao item (TRI) na prova objetiva, o
que equilibra o nível de dificuldade da prova para todos os candidatos,
mesmo os que fazem uma segunda prova. Mas eles mesmos dizem que essa
teoria não se aplica à redação”, argumenta o procurador Oscar Costa
Filho.
Como opção para evitar a suspensão do Enem, o procurador sugere na ação que o Inep adie a redação para todo os candidatos, e não só os 190 mil que farão exame onde há ocupações.
“Peço que o juiz determine que o Inep adote as providências. Aí ele pode
adotar o que ele quiser. Ele pode fazer a prova objetiva e deixar só a
redação para fazer depois, todo mundo junto, ou pode levar todo mundo
para os dias 3 e 4 (de dezembro)”, finaliza.
Na terça-feira (1º), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou o adiamento do Enem 2016
para 191 mil alunos. Eles fariam a prova em 304 escolas ou universidades
que foram alvo de ocupações estudantis e ainda seguiam ocupadas na
manhã de terça. No dia 19 de outubro, o ministro da Educação, Mendonça
Filho, havia dado um prazo para a desocupação das escolas até as 23h59
de segunda-feira (31).
Os estudantes que tiveram o Enem adiado já começaram a ser avisados por SMS e e-mail. Eles deverão fazer a prova do Enem nos dias 3 e 4 de dezembro.
Outras ações contra o Enem
O mesmo procurador já havia pedido o cancelamento do Exame em 2011,
quando houve vazamento de um pré-teste com mais de 20 questões aplicadas
na prova.
Em 2012, Oscar Costa Filho pediu para cancelar os efeitos da nota de redação do Enem no Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Para o procurador “o desequilíbrio matemático decorrente da associação
entre avaliações submetidas a tratamento estatístico (provas objetivas),
e avaliações desprovidas dessa qualidade, as quais assumem valores
absolutos (provas de redação) frustra o dever de tratamento isonômico
que deve ser dispensado aos candidatos”. O pedido foi negado pela
Justiça.
Alunos afetados pela mudança
O Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
divulgou na terça-feira os mais de 300 locais onde não haverá o exame. A medida afeta 191.494 dos 8,7 milhões de inscritos para o Enem. Confira os locais que serão afetados pela mudança no calendário do Enem.
As provas adiadas serão realizadas nos dias 3 e 4 de dezembro, segundo o
Inep. Participantes serão avisados por SMS sobre o adiamento.
Entretanto, não foi informado quando os novos locais de prova serão
divulgados.
Fonte: O Umarizalense via G1
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