Como castigo por ter matado colega de cela e colocado a mãe do detendo para ouvir os gritos via telefone semana
passada dentro do pavilhão A da Cadeia Pública de Caraúbas, os presos
estão nus e sem tomar banho há cinco dias nas celas com alta temperatura
e sem luz.
A
denúncia, que o MOSSORO HOJE teve acesso, é da Comissão de Direitos
Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, de Mossoró, assinada pelos
advogados Francisco Canindé Maia (presidente da OAB), Rogério Barroso de
Oliveira, Gideão Marrocos da silva e Gilvan Lira Pereira.
Os
advogados receberam documentos com imagens de que os presos estavam
sendo privados de seus direitos básicos e sofrendo torturas dentro da
Cadeia Pública de Caraúbas e nesta quinta-feira, 30, fizeram uma vista
técnica a instituição prisional.
Escreveram
que no Pavilhão B, estava tudo tranquilo. Os presos estavam vestidos e
recebendo alimentação normal. No caso, momento da visita dos advogados
os presos estavam tomando o café da manhã, que era de pão, ovo, presunto
e café.
No
pavilhão A, encontraram os presos seminus e nus, dentro de celas sem
colchões e ventiladores. A comida dos presos só é distribuída com ordens
do diretor. Não está autorizado visita de familiares e menos ainda
receber comidas ou vestimentas.
Os
presos que se revoltarem, conforme consta no relatório da OAB Mossoró, é
tratado com tiros de bala de borracha. O preso mostrou que havia sido
ferido pela bala de borracha e apontou aos advogados o agente
penitenciário que atirou com ordem do diretor.
A
situação mais grave classificada pelos advogados foi com relação aos
seis presos que estavam na cela que o preso Vanderson Bruno Martins de
Freitas, de Caicó, foi morto semana passada. Os seis foram colocados num
castigo chamado “chapa”.
Neste
local não tem a menor condições de sobrevivência, um calor
insuportável, sem água e com pouca luz. Em contato com os advogados, um
preso falou: “Não existe crime que mereça o castigo que ele está
sofrendo”, relata os advogados.
Ainda
conforme os advogados, este tipo de castigo (“chapa”) não existia antes
do atual diretor assumir, o qual eles o identifica como Idelfonso.
Ainda
conforme a CDH: “na Cela 4 do Pavilhão A, encontra-se dois detentos, um
com 63 anos e outro com mais de 70 anos, só de cueca, sem tomar banho e
dormindo no chão. Esta cena chocou toda a comissão”, relata os
advogados no relatório.
Concluído
a visita as celas, os advogados procuraram o diretor (Idelfonso) para
solicitar o relaxamento dos castigos impostos aos presos do Pavilhão
‘A’. O diretor teria respondido aos advogados que não ia perder sua
moral e que o castigo iria durar os 30 dias.
* O Cobra via Mossoró Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário